Dalai Lama
Robert Baden-Powell, fundador do movimento escoteiro, nasceu em 22 de fevereiro de 1857. Filho de professor, em Oxford, Baden Powell perdeu o pai quando tinha apenas três anos de idade e, assim, cresceu com a mãe e seus sete irmãos.
O que mais se sabe de sua infância é de como viveu ao ar livre. Juntamente com seus irmãos, conheceu e acampou em vários lugares por toda a Inglaterra.
Também conhecido como B.P., dedicou sua vida à carreira militar a iniciando com apenas 19 anos. Serviu na Índia e por muitos anos na África do Sul, onde foi proclamado major-general e herói de guerra. Todo esse status deve-se à batalha de Mafeking.
Voltando para a Inglaterra, em Londres, Baden Powell, agora com 44 anos, trazia no coração uma preocupação
com os jovens britânicos que, com o pós-guerra estavam “largados” pela sociedade.
Reunindo experiências com as tribos africanas, sobretudo, com os Zulus e conhecimentos de técnicas militares, começa, então, a arquitetar o que viria a ser o movimento escoteiro.
No ano de 1912 B.P. conhece e se casa com Olave Baden-Powell que na época tinha 23 anos, enquanto ele somava 55 anos de idade. O casal teve três filhos e Olave se envolveu abertamente com o escotismo.
Baden Powell, Olave e os três filhos trajados como escoteiros
Ao completar 80 anos, Baden Powell e sua esposa Olave voltaram para a África do Sul e compraram uma casinha isolada no Quênia. Foi nessa região de florestas e montanhas e picos cobertos de gelo que o eterno Escoteiro-Chefe-Mundial faleceu.
Carta de despedida de B.P.
Escoteiros: Se vocês tiverem visto a peça “Peter Pan”, deverão estar lembrados de que o chefe-pirata estava sempre fazendo o seu “discurso de moribundo”, porque receava que, possivelmente, quando chegasse a hora de ele morrer, não tivesse mais tempo para dizer tais coisas.
Acontece quase a mesma coisa comigo e, assim, e embora neste momento eu não esteja morrendo – qualquer dia destes eu morrerei – , quero enviar a vocês uma palavra de despedida. Lembrem-se de que será a última vez que vocês ouvirão minhas palavras. Portanto, pensem bem nelas. Eu tenho tido uma vida muito feliz e quero que cada um de vocês também tenha uma vida feliz. Acredito que Deus nos colocou neste mundo alegre para que sejamos felizes e para aproveitarmos a vida. A felicidade não provém do fato de ser rico, nem meramente de ter sido bem sucedido na carreira; e, tampouco, de sermos indulgentes para com nós mesmos. Um passo na direção da felicidade é o de tornar-se saudável e forte enquanto se ainda é jovem, de sorte que possa vir a ser útil e aproveitar a vida quando for homem.
O estudo da natureza mostrará a vocês quão repleto de coisas belas e maravilhosas Deus fez o mundo para vocês aproveitarem. Alegrem-se com o que receberam e façam bom proveito disso. Olhem para o lado bom das coisas, ao invés do lado ruim delas. Contudo, a melhor maneira de obter felicidade é proporcionar felicidade a outras pessoas. Tentem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram e, quando chegar a vez de morrerem, possam morrer felizes com o sentimento de que, pelo menos, não desperdiçaram o tempo, mas fizeram o melhor que puderam. Estejam preparados, desta maneira, para viverem e morrerem felizes, sempre fiéis à Promessa Escutista, até mesmo depois que deixarem de ser jovens – e que Deus os ajude a cumpri-la.
Vosso amigo,